Saudades de quem eras
Tenho saudades dos nossos sorrisos
Tão fortes e raptados pelo nosso sentimento
Sorrio quando penso nesses teus improvisos
E fico arrepiada quando me olhas com discernimento
Tenho pena que não digas o que pensas
Pena que ajas com moralidade
Porque te esqueceste das realidades imensas
E de tudo o que dizias com particular banalidade
Sinto porque sinto que também sentes
E sei que no fundo até compreendes
Foste materializado num valor do irreal
E tudo por que lutavas deixou de ser o teu ideal
Já não tens tusa pelo que fazes
Porque foste possuído pelas tuas próprias frases
Afundaste-te no que criticavas com orgulho
E tornaste-nos a todos num mero entulho
Sinto-me frustrada pelo teu vazio
Porque sei quem és no leito deste navio
Navegas no que não compreendes
E deixaste no caminho aquilo que defendes
Meu senhor a ti te devo respeito
Meu trovador tas gravado no lado esquerdo do peito
Bebo tuas palavras á procura de conforto
E minto se disser que não me importo
És a minha saudável adição
Apenas respeito, nunca obsessão
Mas olhar-te dá-me aquele nosso tesão
Quando olhas com aquela tua ambição
Quando cantas comigo com sorrisos
Quando te engano e fazes improvisos
Tudo se tornou num vício essencial
E deixaste de ser uma pessoa banal
Abalaste o meu mundo com quem és
Nem sempre isso foi bom, confesso
És um ser sobejo da cabeça aos pés
Mas mesmo assim não consigo evitar o que expresso
Peço desculpa pela dimensão das minhas palavras
Nunca quis magoar-te meu irmão
Mas o que digo não são frases ensaiadas
Tudo o que te disse fluiu da minha acompanhada solidão
Luta pela nossa revolução sempre
Se necessitares sabes que estarei presente
Pois a nossa PAZ é urgente
Porque ambos sabemos bem como o mundo está decadente
Até sempre meu IRMÃO LUTADOR DO MESMO IDEAL!
sábado, janeiro 12, 2008
Publicada por
Anna
em
00:59
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