sábado, janeiro 12, 2008

6 Sentidos de Vida


Uma palavra que ouço
É um abanar de uma flor
Elevo-me deste fundo poço
E viro borboleta para esta entrega de amor

Um olhar que vejo
É o raio de mil sóis
O meu ser deixa de ser sobejo
E sem medo passas as mãos nos meus caracóis

Um leve toque que sinto
É a passagem para outra via
Deixo de ser quem sou
E parto rumo á maravilha

Uma mera lágrima que cai
É água pura da minha pobre alma
O medo já não me trai
E descubro quem sou como a minha gasta palma

Um simples arrepio que passa
E o meu mundo nunca mais é como era
A brisa eleva-me como se fosse taça
E parto rumo á Primavera

Uma breve dor que me toca
É a prova que sou aprendiz
A minha mágoa tão violenta troca
E saber que sinto já me torna feliz

Seis sentidos sei que tenho
Porque tudo me toca sem querer
Se calhar porque sem querer também me empenho
Mas esta vida de devaneios vou viver

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