sábado, abril 14, 2007

Este meu voo de amor

Madrugada fria e pálida
Vento parado e aterrorizado
A lua que me olha
Enquanto me fecho como uma crisálida
Quero sair e voar
Ser livre e amar
Sem ninguém para me julgar
Enquanto o olho a chorar
A liberdade é algo que não atinjo
A felicidade é algo que agarro
O vento é algo que sinto
Enquanto borboleta me finjo
Choro sem medo de cair
Com minhas asas que não podem partir
E se deste mundo o vento sair
O som que ouço deixa de existir
Tenho medo de não saber falar
Medo de nada ter a dizer
Medo de este copo de água acabar
E não ter sentido de viver
Amo tanto que odeio
Odeio tanto te amar
Vivo este amor sem rodeio
Mas a ideia de fim faz-me chorar
Se morrer a voar
Feliz posso-me considerar
Morri a amar
A amar este meu leve voar






Nenhum comentário: