sábado, abril 14, 2007

Promessa Inexistente

Se minhas lágrimas são de dor
Meus gritos sao meu desespero
O silêncio é o meu louvor
E que o dia nasça é tudo o que quero
As nuvens brincam com o sol
O vento sopra para norte
Que leva na corrente aquele rouxinol
Que voa sem medo de sua morte
Subreponho-me ao que vejo
E simplesmente sigo minha filosofia
Um ser que se tornou sobejo
Desprezando a sua própria apatia
A morte mesmo sombria não temo
A vida vazia não suporto
A liturgia é o meu remo
Para navegar em meu pobre sonho devoto
Neste copo de água vejo transparência
Em ti a sujidade não se mostra submersa
Porque so vejo violência
Não tens medo de nada mas não há promessa
Vivo nesta prisão momentânea constante
Mas liberto-me quando escrevo
Não quero ser mais um livro parado na estante
Sinto-me virada ao contrário, tal e qual um morcego
A escuridão que assombra meus sonhos
O barulho que atormenta minha mente
Os rostos que vejo tão medonhos
Como mordidas de uma serpente
O tempo pára e recomeça
A vida corre e fica presa
Tu queres mas não há promessa
Sinto-me impotente como uma presa
Peço desculpa pelo que não fiz
Sem remorsos do que passou
Agora estou feliz
Por saber que minha alma desabafou

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