Promessa Inexistente
Se minhas lágrimas são de dor
Meus gritos sao meu desespero
O silêncio é o meu louvor
E que o dia nasça é tudo o que quero
As nuvens brincam com o sol
O vento sopra para norte
Que leva na corrente aquele rouxinol
Que voa sem medo de sua morte
Subreponho-me ao que vejo
E simplesmente sigo minha filosofia
Um ser que se tornou sobejo
Desprezando a sua própria apatia
A morte mesmo sombria não temo
A vida vazia não suporto
A liturgia é o meu remo
Para navegar em meu pobre sonho devoto
Neste copo de água vejo transparência
Em ti a sujidade não se mostra submersa
Porque so vejo violência
Não tens medo de nada mas não há promessa
Vivo nesta prisão momentânea constante
Mas liberto-me quando escrevo
Não quero ser mais um livro parado na estante
Sinto-me virada ao contrário, tal e qual um morcego
A escuridão que assombra meus sonhos
O barulho que atormenta minha mente
Os rostos que vejo tão medonhos
Como mordidas de uma serpente
O tempo pára e recomeça
A vida corre e fica presa
Tu queres mas não há promessa
Sinto-me impotente como uma presa
Peço desculpa pelo que não fiz
Sem remorsos do que passou
Agora estou feliz
Por saber que minha alma desabafou
sábado, abril 14, 2007
Publicada por
Anna
em
17:16
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