quarta-feira, novembro 21, 2007

Com o tempo fui aprendendo a ser racional, uma obrigação imposta por todos...Choro pela falta de palavra, sorrio pela abundância de sentimento, falo pela revolta à injustiça e penso em toda esta permissa...A paz atingiu uma aparente inatingibilidade...A própria facilidade tornou-se difìcil!"A vida está difícil, temos que ser fáceis!" Dizia ela, uma personagem ilícita que não sabe quem é, muito menos o que quer ser!A luta contiua, como essas borboletas que nas asas carregam essa lama que ganharam com os seu próprios passos mancos.A obscuridade de uma palavra, dói como uma breve passada. Uma passada para o nível seguinte.Essa tal personagem, que no fundo é o reflexo de toda uma sociedade desunânime...O que somos nós?! Lutadores?!Sim, talvez!Melhor, somos!Gosto de dizer que a vida é uma metamorfose cíclica, que mesmo antes de começar já acabou."É preciso sentir, não apenas viver!"Dizia "ELE".Lutar até ao fim!Muita, muita paz dentro de nós, depois à nossa volta! Mas vejo demasiadas expressões medonhas pelo monótono interesse pelo desinteresse à aparência.Personagens que não sabem onde pertencem, que não sentem as suas lágrimas a caírem pela própria face.Sim! O infinito de uma vida sem começo e com um fim já atingido...Este cheiro nauseabundo das mentes distorcidas que vejo sempre a passar...Esse MEU Deus omnipotente com quem converso sem falar, com quem troco olhares ás escuras, tenta-me convencer de que a noite afinal é dia, e que o ar afinal é agua...Chamo-o louco, mas que posso eu fazer?!Gosto e necessito da sua presença, por isso tolero os seus delírios momentânes constantes...A dor tornou-se monótona, as lágrimas banais, o silêncio uma presença habitual, a solidão uma amiga omnipresente.Já não grito, porque o silêncio aprendeu a gritar ainda mais alto.Já não vivo sem vaguear por todas estas minhas inatingíveis mas possíveis utopias.Quero apenas que todos saibam, que com todos estes discernimentos, ainda estou aqui!Não morri!Apenas quando isso acontecer, serei a matéria morta que a terra consumirá, mas até lá, mesmo fodida com a bota que calço, a luta continuará!

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