terça-feira, julho 10, 2007

Compreendo que a merda que vejo nem sempre vai de acordo com o que queria ver…

Vejo demasiado elevada a decadência do ser humano e eu sei que não posso simplesmente chegar lá, fazer e mudar!

E é isso que me revolta, porque já encontrei aquilo que sou e sei aquilo que quero ser, estou numa fase de paz interior onde estou a aprender a crescer e a aceitar mas nunca fechar os olhos ao que vejo como errado!

Mas se disser que não dói minto porque foda-se! Dói muito!

Gostava que a palavra REVOLUÇÃO fosse objectivo de um alvo muito mais fácil… Mas a complexidade do acto, obviamente que não da palavra, faz-me pensar se três míseras pessoas farão a diferença contra mil… É possível! Mas apenas se forem motivadas pela acção certa…

Ainda no outro dia estava a falar com o Valdo sobre a comunicação social de Portugal e no mundo, e só chegamos á conclusão que na sociedade de consumo em que vivemos o que importa é somente o que vende e não o que dói só de olhar, só de pensar ou imaginar…

E isso deixa-me frustrada… Porque eu não me quero afundar no comércio, quero apenas submergir-me pela diferença!

É tudo criticado, é tudo olhado e falado. É tudo desrespeitado!

Fui agora falar do respeito! Será que se esquecem do significado dessa palavra?! Revolta-me quando dizem que respeitam mas falam á toa da vida de alguém! Revolto-me quando dizem que têm respeito quando falam sem, por e de…

Mas sabem o que me revolta mesmo?! É eu dar por mim a perceber que a minha geração não se interessa minimamente por política, mas criticam-na mesmo não a percebendo!

Não sei se quero ver no que isto se vai tornar sinceramente!

Só sei uma coisa, que eu vou SEMPRE lutar pela diferença e vou SEMPRE transmitir, ou pelo menos tentar transmitir a minha mensagem, pois acho que tem um conteúdo construtivo!

E é disso que a nossa sociedade precisa para abrir os olhos! Seja difícil ou não, tentar não tira nenhum tostão!

**PAZ**

terça-feira, julho 03, 2007

O que sou e quero ser


A vida dói como um corte no pulso

O tempo mata como um breve adeus

A morte alivia como os analgésicos que uso

Para esquecer que se calhar não existe um Deus

Sou incerta mas tenho as minhas certezas

Tenho medo mas não fujo destes torpedos

Posso vacilar mas procuro apenas as minhas defesas

E posso dizer que ao pensar que existes esqueço todos estes medos

Tenho um amor incondicional ao silêncio

Tenho um silêncio enorme quando penso no que vejo

Porque falo mesmo estando calada

Opinando sobre aquilo que para este mundo prevejo

Tenho os meus defeitos sociais

Mas quem não os tem é moralmente falso

Não tolero a merda dos preconceitos raciais

E fico fodida com a bota que calço

Pois o que posso fazer não é muito

Mas faço tudo aquilo que me é possível

Vou dando a minha palavra

Mas o pensamento geral é cada vez mais corrosível

A luz esconde o que a noite atormenta

A noite mostra o que o dia esconde

Tenho objectivos mas esta merda anda violenta

Quero ir e mudar de direcção mas nem sei para onde

Vou ficando e aceitando nem sabendo por onde ando

Vou falando e criticando só com certezas do que EU sei

Tenho o orgulho de ser eu o meu próprio comando

E por vezes arrependo-me daquilo que não procurei

Vou-me encontrar naquilo que sou

Vou procurar aquilo que quero ser

Um dia ainda vou ser algo que alguém não encontrou

Mas posso dizer que sem o meu VIVER não irei morrer!

**PAZ**